agosto 03, 2009

Comunismo... mais uma ilusão

Acabei de ler o livro que conta a vida (e morte) de Olga Benário Prestes, o que me causou muitas náuseas em relação à ditadura e ao comunismo de uma forma geral. Entendo que a época era de definição do poder e cada um defendia o seu. Eu sei que é mais fácil avaliar tudo isso depois que se passaram os tempos e vimos que o comunismo não deu certo. Mas naquela época, as pessoas sonhavam com uma ideologia de igualdade por meio de um governo único, de interesses comuns, sem se darem conta que a luta era de poucos e de quem tinha tempo. Os comunistas eram intelectuais, estudiosos, jovens com ânsia em viver, mas a maioria vinha de um mundo onde não havia dificuldades, eles não sabiam o que era fome ou falta de grana.

O Comunismo em sua teoria é fascinante, tal qual o anarquismo, mas para viver como deveria ser é humanamente impossível. Os ideais comunistas refletem uma nação onde a solidariedade e a privação é o primeiro passo para o sucesso. Mas onde isso existe? Aqui na Terra ainda não houve nem vestígios disso. Solidariedade é muito bonita quando se tem de sobra, mas para dividir em partes iguais com um estranho, só porque fala a mesma língua que você, me desculpe, mas ainda não houve uma grande maioria disposta a isso. Posso dizer, para não generalizar, que existem pessoas assim, mas eu ainda não vi, só nos livros. Quem mais foi Gandhi, ou Madre Thereza? Por mais que tenham mil, lutam contra milhões.

Sempre defendi o anarquismo como a forma ideal de se conviver em comunidade e noto que todas as pessoas que tendem a pensar dessa forma, acabam se entregando ao comunismo como a única esperança de igualdade. Mas qual a diferença entre o comunismo e a ditadura? A imposição é a mesma, o militarismo também.

Luis Carlos Prestes e sua Coluna nos faz entender a linha que separa o comunismo sonhador do praticado, e, se a insurreição no Brasil tivesse tido êxito, talvez essa seria a maior decepção de um Brasil que realmente lutava e acreditava na igualdade.

O que me faz entender que o comunismo se tornou tão persuadido pelo poder (coincidência ou não, o último livro que li foi 7 anos no Tibet, que conta a história de um alemão no Tibet pouco antes da conspiração comunista invadir a China), quanto a própria ditadura, e que outra forma eles imporiam o comunismo em uma nação, se não fosse pela força?

Os caras tinham muita grana, mas de onde ela vinha? Somente de doações? Eles fizeram uma cúpula internacional, era tudo muito organizado e tudo partia de um só lugar. Eles investiram muito para fazer o comunismo no Brasil, mas como aqui é a casa da mãe Joana, não houve como estabelecer uma forma de governo realmente eficaz. Nem a ditadura, nem o comunismo, e, como podemos ver, o fracasso da democracia. Mas tudo na vida tem um motivo torpe.

Portanto, o comunismo consegue ser um pouco pior. Agravado pelo capitalismo subversivo, o comunismo dá chances de sermos iguais, mas apenas a massa deve se abster de todos os bens, que irão parar nas mãos de um governo disposto a receber um pouco mais do que sua ração diária. Quem governa tem o direito de se deleitar com a luxúria que o capitalismo pode comprar. É a ditadura comunista.

Por isso o comunismo não deu certo na União Soviética. Nem na China, e muito menos em Cuba. Pesquisando um pouco mais, a enciclopédia virtual, Wikipédia, nos mostra um pouco do que estou tentando dizer:

“De fato, a violência como a forma comunista de tomada do poder, incluindo a insurreição popular armada e a guerra civil, são essenciais em toda a teoria comunista e já está presente em Marx e Engels, como Lenin claramente mostrou, por exemplo, nos seus livros O Estado e a Revolução ou A revolução proletária e o renegado Kaustsky.“

Sim, a ditadura não justifica um governo ruim, e o Brasil nunca teve um plano administrativo honesto. A luta pelo povo não é a luta do povo, então, tanto faz, eles não querem nem saber quem está lá em cima e sim, se tem comida em casa. A partir daí dá para estabelecer um comunismo alternativo para equilibrar a pobreza do povo, como o bolsa família - a ração mensal de um brasileiro pobre (ou seria de um pobre brasileiro?) tentando viver no mundo capitalizado.

With_The_Bunnies

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